Capitulo II – “O Estado sou Eu Home” : O Estado e seus rostos no Nordeste e no Sertão
No pensamento filosófico moderno, o estado é representado como um atributo da razão inerente a natureza humana. Para Hegel, o estado é o núcleo do viver histórico, pois fora dele não existe a historia, uma vez que constituí o pré-requisito da historicidade e o espírito do mundo daí a sua perpetuidade como sistemas de ideias políticas e produtor da historia.
Marcel Gauchet (2002) afirma que as razões para encontrar as raízes profundas do Estado está no fato religioso, naquilo que se pode chamar divida de sentido, o fundamento do estado é ao da religião e que sua instauração, ao contrario do que pensava Hegel, corresponde não a produção de uma dimensão social absolutamente inédita dita, mas a transformação capital a todos os títulos, certamente, mas, nem por isso a inovação radical.
O Estado não é obra do espírito, é resultante dos contextos sócio-historicos da humanidade, ele é a materialização do poder político, e em sentido tradicional é o conjunto de atividades que, de alguma forma se refere a polis, a governança dos indivíduos e da natureza mediante o uso da força ou dos consensos socialmente construídos.
A construção do Estado esta dentro de um imaginário que é parte integrante da legitimação social de qualquer regime político. É por meio do imaginário que se pode atingir, não só a cabeça, mas, de modo especifico, o coração, isto é, as aspirações, os medos e as esperanças de um povo. É nele que as sociedades definem suas identidades e objetivos, permeiam seus inimigos. O ciclo da existência – vida e morte.
O Estado representado como um sujeito primordial no processo histórico de descontextualização das identidades e da universalização das praticas sociais. Tendo o poder de disciplinar, ou seja o poder de normalização das subjetividades, de certo, esvaziando o poder político, em que o poder de estado em um poder dentre outros.
O Estado articula as relações de