Capitulo 2
A ESPÉCIE EM ZOOTECNIA
L’examen des êtres vivants suggère à l’espirit deux notions contradictoires, le discontinu manifeste des espèces, qui se présentent comme des entités isolées qu’on a designées de tout temps par des noms spéciaux, vulgaires ou scientifiques, et le continu non moins évident de la série animale, qui presente toutes les sortes de graduations entre les êtres les plus simples dits inférieus et les êtres les plus complexes dits supérieurs. – L. CUÉNOT.
1 Evolução das espécies
Não se discute mais, se as espécies ou os seres vivos se transformaram, evoluindo e dando origem a outras espécies. Ninguém mais perde tempo, nos dias que correm, em duvidar da filiação entre as formas vivas, ora mais, ora menos remota. Os espíritos imbuídos das idéias mais opostas, escreveu E. RABAUD, admitem que os seres vivos organizados descendem uns dos outros. A evolução é um fato que se impões, disse MAURICE CAULLERY (1931), somente seu mecanismo permanece obscuro. É que a dúvida, a controvérsia é outra. É quando se procura explicar a evolução mesma. De fato, as explicações dadas até aqui, para essa evolução, continuam insuficientes, continuam controvertidas. Se não podemos, em boa fé, negar a evolução, contar como essa evolução se deu, ou se opera, já é difícil, senão por vezes impossível, sem se lançar mão de hipóteses, e estas, como todas as hipóteses, são muito discutidas.
A evolução das espécies parece ser, até certo ponto, explicável pela seleção natural, pela mutação e pela hibridação ou mistura de espécies, ou de raças, promovendo o fenômeno genético das recombinações.
Este é o ponto de vista que parece dominar, e a afirmação de J. HUXLEY
(1942), a este respeito, é bastante clara: “Com a reorientação, que a genética moderna tornou possível, a evolução é considerada como um produto articulado da mutação, recombinação e seleção. Contrariamente ao ponto de vista da escola de WEISMANN, a seleção foi julgada incapaz de poder ultrapassar o limite da variação, e