.Uma das maiores perguntas sem resposta da literatura brasileira é: Capitu traiu ou não Bentinho??? Quem já leu o clássico “Dom Casmurro” de Machado de Assis com certeza já parou para refletir sobre o assunto. A grande questão é tema de trabalhos escolares, redações e até mesmo teses acadêmicas e cada um possui uma opinião.Mas e se Capitu fosse julgada?! E se fosse feito um julgamento como os realizados nos dias de hoje, com provas, testemunhas, advogados, promotor e juiz?! Será que a questão seria finalmente respondida??? Capitu seria consideradaculpada ou inocente??? Isso você verá agora.A primeira coisa a ser considerada é o fato do livro nos mostrar apenas a visão de Bentinho. Como o narrador é o protagonista e possui uma opinião formada sobre o caso, ele em todo momento acha que foi traído e vê em cada gesto da esposa uma evidência disso, o leitor muitas vezes é influenciado a enxergar tudo sobre esse prisma.Outra questão que deve ser levada em consideração é o alerta feito no início da obra quanto a veracidade do que é relatado. O advogado que frequentou o Seminário é um jovem extremamente criativo e perfeitamente capaz de imaginar ou inventar evidências..O sentimento que toma um homem que suspeita de traição, o ciúme doentio e a necessidade angustiada de ver suas suspeitas confirmadas ou completamente anuladas também pode ter levado Bentinho a imaginar uma tristeza escessiva de Capitu no enterro de seu amigo.Por outro lado devemos lembrar da grande inclinação de Capitu para a dissimulação. Desde muito jovem ela dá conselhos astutos à Bentinhos e arquiteta planos para que ele possa se livrar do Seminário “usando” José Dias. A forma como ela manipula o jovem mostra sua esperteza e dom de interpretação.O fato da jovem permanecer feliz após a separação faz transparecer a desigualdade de proporção entre os sentimentos de ambos. Enquanto Bentinho se martirizava sonhando com um reencontro, Capitu mantinha o bom humor e as boas relações..A semelhança entre