CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
Logo após o descobrimento do Brasil (1500), a partir do ano de 1530, com expedição chefiada por Martim Afonso de Souza o governo português passou a voltar os seus interesses políticos e econômicos para as terras brasileiras e a coroa portuguesa começou a temer invasões estrangeiras no território brasileiro. Esse temor era real, pois corsários e piratas ingleses, franceses e holandeses viviam saqueando as riquezas da terra recém descoberta. Era necessário colonizar o Brasil e administrar de forma eficiente, isso exigia a instalação de algum modelo de administração que fosse capaz de assegurar a posse portuguesa sobre o território e, ao mesmo tempo, tornar o Brasil uma colônia lucrativa.
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
As capitanias foram uma forma de administração territorial do império português pela qual a Coroa, com recursos limitados, delegou a tarefa de colonização e exploração de determinadas áreas a particulares, através da doação de lotes de terra, sistema utilizado inicialmente com sucesso na exploração das ilhas atlânticas. No Brasil este sistema ficou conhecido como capitanias hereditárias, criado pelo rei D. João III (o Colonizador) em 1532, pois eram transmitidas de pai para filho (de forma hereditária), tendo vigorado, sob 12 divisões pela região litoral do Brasil, durante o período colonial, do início do século XVI até ao século XVIII, após esse período, o sistema de hereditariedade foi extinto pelo Marquês de Pombal.
Estas pessoas que recebiam a doação de uma capitania eram conhecidas como donatários. Tinham como missão colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios). Os portugueses começaram a usar a mão-de-obra escrava (indígena e africana) na exploração do pau-brasil. Em troca, ofereciam objetos de pequeno valor que fascinavam os nativos como, por exemplo, espelhos, apitos, chocalhos, etc.
O sistema não funcionou muito bem. Apenas as