Capitalismo
Contextualização
O homem desenvolve-se na relação com os outros, portanto,
suas relações cotidianas são responsáveis por estruturar os pensamentos, a forma de agir e de sentir, e, por fim, a organização global da mente.
O capitalismo redimensionou a esfera da subjetividade, introduzindo novas formas de pensar, agir e ser, padronizando os desejos e ações humanas.
O sistema capitalista incorporou o ser humano como mais uma máquina de sua linha de montagem, transformando os sujeitos em engrenagens do sistema, onde só tem valor o que produz lucro e impulsiona o acúmulo de capital.
Na verdade toda pessoa é uma complexa unidade natural e
cultural. Mais que um corpo com funções biológicas e psicológicas com capacidades de transformar o seu meio pelo trabalho e pela linguagem, o ser humano é uma unidade de necessidades, sentimentos, e racionalidades.
O capitalismo vende a ideia do trabalho e da liberdade: todos os seres são livres para fazerem o que quiserem mas, para tal, necessitam de dinheiro e, para isso, faz-se necessário o trabalho.
A partir da Revolução Industrial, esse processo ficou mais claro e, ate hoje, podemos perceber que nossa evolução faz com que o capitalismo perdure. Outro processo que é responsável pelo sustento do capitalismo é o consumo, fator este que nos impulsiona a querer mais. Se há uma justificativa para a competição, aí está o consumo. Precisamos ser os melhores para que possamos consumir mais; sempre queremos ter os melhores carros, celulares e roupas. Nossa liberdade é apenas simbólica, é uma ideia que alivia o peso do trabalho, pois, se não trabalharmos, não conseguiremos meios para nosso sustento.
Para entendermos melhor o capitalismo, podemos citar um
trecho da obra de Marx, O trabalhador afunda ao nível de mercadoria, torna-se a mais destruída das mercadorias.
Torna-se mais pobre quanto mais riqueza produz.) Torna-se a mais barata das mercadorias quanto mais