Capela São Pedro de Alcantara
A construção do santuário, no topo do Monte Maranhão, teve início em 1757, por iniciativa do devoto Feliciano Mendes, em agradecimento a uma graça alcançada. Após instalar uma cruz no alto do monte, como parte de sua promessa, iniciou, com a doação de sua fortuna, a arrecadação de fundos para a obra. Não existem dados seguros sobre a autoria dos riscos preliminares da igreja. Entretanto, sabe-se que, entre 1769 e 1773, esteve em Congonhas Francisco de Lima Cerqueira, considerado um dos mais importantes arquitetos de Minas Gerais, à época do rococó. Pode ser atribuído a ele, e a Tomás de Maia Brito, a responsabilidade pela edificação da capela-mor, pelo acréscimo das torres e pelo frontão. A obra, que contou com a colaboração dos mais importantes artistas da região, desenvolveu-se em várias etapas: de 1757 a 1765 deu-se a construção da igreja e, de 1777 a 1796, a construção do adro e da escadaria que, ornados por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, conferiram à edificação uma imponência e um sentido ímpar de monumentalidade. É no conjunto do adro que a genialidade do artista se manifesta plenamente.
Compõe o conjunto arquitetônico, as seis Capelas dos Passos da Paixão, edificadas entre 1799 e 1875, que contém várias esculturas também de autoria de Aleijadinho. O edifício é apontado como exemplar de um momento de transição da arquitetura religiosa, que ocorreu em meados do século XVIII. Sua planta apresenta duas torres sineiras ligeiramente recuadas em relação ao corpo central e a supressão dos tradicionais corredores ao longo da nave. A fachada, correspondente ao corpo central, apresenta uma portada, ornamentada em estilo rococó; duas janelas com balcão entalado, com vergas em arcos de canga; e um frontão de cartela, que exibe um óculo de forma ovalada. O interior da Basílica, em estilo rococó, reúne os trabalhos dos artistas mais importantes da época. Sobre as mesas dos altares, estão os seis