CAP TULO PRIMEIRO
INTRODUÇÃO
1.1 - Considerações Iniciais
"Os espaços de trabalho não são apenas espaços mecânicos. mas sim espaços humanos, já que eles interagem em função das diferenças cognitivas e simbólicas, com a organização do trabalho e o espaço construído". (Fisher, 1983)
O uso de vãos (aberturas), tanto em espaços internos como externos, desde os milênios que nos precedem, estão inseridos no nosso mundo físico e formam parte da nossa estrutura mental e espacial. Constituindo-se em meios de interação entre os seres humanos e o meio ambiente no qual estão inseridos, sua concepção, desenvolvimento e conseqüências de sua utilização são objeto da ergonomia.
O termo "ergonomia" surge em 1949 tendo, como objetivo, uma melhor adaptação dos métodos e dos meios de trabalho. Spérandio (1980) coloca que autores de língua francesa utilizavam a expressão "Psicologia Ergonômica".
Nos estados Unidos começou-se a se empregar o termo "Engineering Psychology", em oposição ao "Human Engineering".
O primeiro estágio histórico da ergonomia estabelece-se, portanto, a partir da II Guerra Mundial, principalmente com o projeto ergonômico de estações de trabalho industriais na Europa e no Japão (reconstrução do pós-guerra) e na indústria aeroespacial nos Estados Unidos. Esta primeira geração da ergonomia focalizou o projeto das interfaces homem-máquina que incluíam os comandos e controles, 'displays', arranjos do espaço de trabalho e o ambiente de trabalho. A grande maioria das pesquisas enfocava as características físicas e perceptuais do homem e a aplicação destes conhecimentos no projeto de máquinas e equipamentos. Por essa razão, este primeiro estágio foi considerado o estágio da ergonomia física e denominado "tecnologia da interface homem-máquina".
O conjunto de elementos que interfere no contexto da concepção das aberturas é muito complexo: ventilação, iluminação, insolação, visuais, acústica, (componentes de conforto ambiental) e outros são elementos que podem