Cap 3 - O mito do desenvolvimento economico
Escrito em 1974
Capítulo III – O modelo brasileiro de subdesenvolvimento
Desenvolvimento e Modernização Um exemplo interessante de quanto um país pode avançar no processo de industrialização sem abandonar suas principais características de subdesenvolvimento, é a economia brasileira. Tendo como características as seguintes:
Grande disparidade na produtividade entre as áreas rurais e urbanas
Uma grande maioria da população vivendo em u nível de subsistência fisiológica
Massas crescentes de pessoas subempregadas nas zonas urbanas
O texto tem como principais objetivos:
a) investigar porque a difusão mundial do progresso técnico e os decorrentes incrementos da produtividade não tenderam a liquidar o subdesenvolvimento;
b) demonstrar que na politica de “desenvolvimento” orientada para satisfazer os altos níveis de consumo de uma pequena minoria da população, tende a agravar as desigualdades sociais e elevar o custo social se um sistema econômico.
Partindo da hipótese de que o subdesenvolvimento é um aspecto do modo pelo qual o capitalismo industrial vem crescendo e se difundindo desde o seu surgimento, temos como enganosa a tentativa de construir um modelo de uma economia subdesenvolvida como um sistema fechado, pois, isolar uma economia subdesenvolvida do contexto geral do sistema capitalista em expansão é por de lado, desde o inicio, o problema fundamental da natureza das relações externas de tal economia.
Progresso técnico Introdução de novos processos produtivos capazes de aumentar a eficiência na utilização de recursos escassos e/ou a introdução de novos produtos capazes de serem incorporados a cesta de bens e serviços de consumos
Supondo que desenvolvimento econômico implica na difusão do uso de produtos já conhecidos e/ou na introdução de novos produtos à cesta de bens de consumo, o desenvolvimento baseado principalmente na introdução de novos produtos corresponde a um