Resenha: aristocratas x burgueses
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de História
Aluno: Thiago Rogério Bezerra de Souza
Profª: Suzana Cavani
Disciplina: História Contemporânea I
Turno: 5º período/Tarde
RESENHA DO LIVRO: ARISTOCRATAS VERSUS BURGUESES? A REVOLUÇÃO FRANCESA
CAP. 1 - INTRODUÇÃO
Desde as primeiras palavras do livro “Aristocratas Versus Burgueses? A Revolução Francesa” o autor demonstra as controvérsias e divergentes interpretações existente entre os historiadores que pesquisam a respeito da “maior revolução da história do mundo”.
Para o historiador Blanning, que mantém seus princípios metodológicos ligados à historiografia revisionista, muitos “mitos” foram criados em torno da revolução francesa e precisam ser rediscutidos.
O cerne de sua obra esta na alegação de que a revolução de 1789 não foi uma “Revolução Burguesa”. De diversas maneiras e analisando vestígios daquele evento histórico se percebe a frágil participação da classe burguesa diante de uma revolução muito mais complexa que envolvia fundamentalmente outros setores da sociedade francesa, como a nobreza e os camponeses.
A ascendente classe Burguesa vivia de fato uma contradição na frança feudal do fim do século XVIII. Sua importância econômica e comercial, tal como sua riqueza não se desenvolviam em paralelo com sua importância social. O monopólio dos privilégios classistas residiam na tradição do primeiro e segundo estados. Concomitante era notável as regalias tributárias das quais gozavam estas elites que eram mantidas pelos impostos pagos pelo terceiro estado e sobretudo a burguesia comercial.
Todavia a supervalorização da atuação da classe comercial francesa na revolução vai ser combatida durante a obra revisionista. Em certo momento do texto é citado a seguinte passagem,
“ Se os burgueses a tivessem feito por conta própria, a revolução teria se encerrado, no mais tardar, em 1791. Foi somente a pressão insistente de baixo que os levou a destruir o