Canto IV Juca Pirama
O poema relata a história de um guerreiro tupi sobrevivente e fugitivo da destruição na costa que cai aprisionado por uma tribo antropófaga dos Timbiras e que deve ser sacrificado conforme o rito. Antes dos sacrifícios o chefe Timbira propõe que àquele que vai ser morto deve cantar às suas façanhas para que os bravos Timbiras tenham maior gosto em sacrificá-lo; e assim inicia o seu canto:
Meu canto de morte, guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas, nas selvas cresci,
Guerreiros, descendo
Da tribo Tupi. (112-117)
Entretanto, a cena que se segue é um pedido de clemência em virtude de ser o último sobrevivente da sua tribo e ter ainda a responsabilidade de cuidar do velho pai, velho e cego. Depois do seu canto os Timbiras não querem mais sacrificá-lo e então o jovem parte triste com à recusa, entretanto quando chega para junto do velho pai, este percebe que o filho está com cheiro da tinta com que este está ungido para efeitos de sacrifício, então ambos travam uma conversa porque o velho pai interessado na bravura do filho quer saber como fugiu à massa. Quando descobre que o filho não terminou o ritual nem tampouco matou os seus agressores decide que devem ir à tribo terminar o ritual.
Entretanto, ao chegarem na tribo Timbira o velho Tupi descobre o engodo, que o filho em verdade havia chorado em presença da morte11 e então o pai amaldiçoa o filho:
Tu choraste em presença da morte?
Na presença de estranhos choraste?
Não descende o covarde do forte:
Pois choraste, meu filho não és. (370-374).
O pai pragueja uma sequencia de desgraças para o filho, que manchara a honra e o nome na raça Tupi. O filho, não