juca pirama
O herói tupi é feito prisioneiro pelos Timbiras, guerreiros ferozes e canibais. Antes de ser morto, do guerreiro tupi é exigido que entoe o seu canto de morte, cantando seus leitos, sua bravura e suas aventuras, pois a sua coragem de guerreiro e a sua honra - acreditavam os Timbiras - passariam para todos que, depois do rito de morte, comessem as partes do seu corpo.
I-Juca-Pirama conta sua história, fala de sua bravura, das tribos inimigas, das suas andanças, de lutas contra Aimorés, mas, pensando no pai cego e doente, velho e faminto, sem guia, pede que o deixem viver. ['Deixai-me viver! - canto IV].
Seu ato é interpretado como covardia e o chefe dos Timbiras ordene que o soltem [Soltai-o - canto V ] e depois de ouvir o guerreiro, ordena-lhe: 'És livre; parte.'.
O guerreiro tupi promete-lhe que voltará depois da morte do pai.
No canto VI, de volta ao pai, o herói, que foi preparado para o ritual, conversa com o pai cego que sente o cheiro forte das tintas que haviam sido passadas no corpo do prisioneiro, tintas próprias dos rituais de sacrifício.
Destarte pergunta ao filho:
_'Tu prisioneiro, tu?'. E ao ficar sabendo pelo próprio filho o que acontecera, desconhecendo o verdadeiro motivo de sua volta [zelar pelo pai doente], o velho leva-o de volta aos Timbiras e o maldiz, rogando-lhe pragas e desejando-lhe que nem a morte o receba.
O filho reage e resolve mostrar que não é covarde. Grita 'Alarma! alarma' o seu grito de guerra. O velho escuta, tomado de súbito pela reação do filho que luta bravamente, golpeando inimigos e destruindo a tribo timbira até que o chefe lhe ordena 'Basta!'.
A honra do herói é então recuperada. Chorou pelo pai o moço guerreiro. E ao ser mal