Canto em grupo na terceira idade

CANTO EM GRUPO: SAÚDE VOCAL NA TERCEIRA IDADE

NADYA VORGA

UNILASALLE

O aumento da longevidade no Brasil é um fato, segundo os últimos estudos do IBGE. Frente a este cenário surge a preocupação com as condições de vida, social, emocional e física que acompanham fatores de restrições e perdas no ir e vir comum ao ser humano no processo de seu envelhecimento. Partindo de hipóteses sobre como consideramos o Ser Humano em sociedade somos remetidos a ações que iniciam com observar e completam-se no processo de autoconhecimento, perpassando por um movimento corpóreo-social, um grande, importante e vital movimento: Ser e Viver em Sociedade. A pergunta é: como bem-viver neste período em que há um declínio do desenvolvimento das capacidades que o mantém presente e inserido em grupos sociais? A música, desde os tempos mais remotos, esteve ligada ao processo de ligação da pessoa à sociedade, bem como, cantar. Platão já dizia: “Só há duas formas de educar-se um homem: o corpo, através do movimento e o espírito através da música.” Na velhice busca-se o ‘viver bem’, e o canto em grupo, além de contribuir para aspectos como a sociabilização, proporciona a consciência corporal através da voz cantada e, por conseguinte, a reflexão sobre a saúde da voz. Como e por que respiramos? De que forma utilizamos a voz para falar e para cantar? A partir destas maravilhosas possibilidades, criou-se a oficina “Musicanto” na UNATI, com o objetivo de proporcionar um espaço de saúde vocal, cantando. No processo de construção e autoconhecimento está presente o corpo de quem sente as dores do mundo e não consegue construir o entendimento e novas possibilidades de como suportá-las. Neste movimento, a pessoa expressa sua leitura do ambiente que vive, pois as múltiplas linguagens tomam um papel importante no processo de aquisição de saberes ao garantir experiências diversas visando o desenvolvimento de suas potencialidades de forma integral, além da autoconfiança e autonomia. A música é um