cantigas trovadorescas
Trovadoresca
Cantigas de Amigo
O sujeito de enunciação é feminino.
A donzela é uma moça solteira, simples, enamorada e, por vezes, ingénua.
A donzela exprime a sua situação amorosa ou os seus “dramas” na relação com o amigo.
Temas: amor natural e espontâneo, obsessão amorosa, ternura, saudade, sofrimento, angústia,…
A Natureza aparece personificada, confidente ou tradutora do estado de espírito da donzela.
Poesia autóctone, de caráter popular e de tradição oral.
A sua construção é simples, com um fundo de frases feitas, tendo o refrão e o paralelismo como marcas distintivas.
Cantigas de Amor
Origem Provençal.
O sujeito de enunciação é masculino e exprime os sentimentos amorosos pela dama
(destacando a sua coita de amor que o faz ensandecer ou morrer).
O amador implora ou queixa-se à dama, mas também ao próprio Amor.
A senhor surge como suserana a quem o amador «serve», prestando-lhe a vassalagem amorosa. A dama é uma mulher formosa e ideal, frequentemente comprometida ou até casada, inacessível, quase sobrenatural.
Ao exprimir o seu amor, o trovador deve usar de mesura (autodomínio) para não ferir a reputação da dama.
Cantigas Satíricas
• Cantigas de Escárnio.
• Cantigas de Maldizer.
São composições jocosas e/ou satíricas que vão da polémica social, em sentido mais vasto, ao ultraje personalizado; da sátira literária à política e de costumes, com incursões no campo obsceno. Pretendem produzir um efeito cómico.
Cantigas de Escárnio
Sátira com palavras dissimuladas (crítica velada – a pessoa satirizada não é identificada), ambiguidade e ironia.
Cantigas de Maldizer
Sátira direta (com citação nominal) , mordaz e, por vezes, obscena.