04/08/2014 - 10:08 Durante muitos anos os canhotos eram discriminados e castigados para corrigir o que era considerado um “erro”. Actualmente, os estudos indicam que os indivíduos que utilizam a mão esquerda são mais imaginativos, mais rápidos no pensamento e mais capazes de resolver questões difíceis do seu dia-a-dia. Embora seja comemorado desde a década de 70, foi em 1992 que o clube britânico Left-Handers lançou o dia 13 de Agosto como o Dia Internacional dos Canhotos, como forma de chamar a atenção do mundo que está pensado para os que usam a mão direita – os destros. Essencialmente, o objectivo foi o de desmistificar o uso da mão esquerda para tarefas habitualmente realizadas com a direita. Segundo os estudos cerca de 90% da população é destra e se atentos às faixas etárias, verificamos que existem mais jovens canhotos do que idosos canhotos. A razão mais simples é que antigamente os canhotos eram discriminados pela sociedade e, portanto, castigados até “corrigir” o que era considerado um “erro”. Felizmente, o estigma foi-se dissipando. Segundo o dicionário Priberam da Língua Portuguesa, ser canhoto significa, “que ou quem tem maior habilidade com o lado esquerdo do corpo, em especial com a mão, do que com o lado direito = esquerdino”1 Contudo, o mesmo dicionário tem também disponível a definição depreciativa: “pouco hábil. = canhestro, desajeitado”2, sinal que apesar da mudança de mentalidades, o termo ainda comporta alguma conotação negativa, mas nada que incomode os canhotos dos tempos actuais. Afinal, ser canhoto é tão simplesmente um indivíduo que utiliza predominantemente a não esquerda nas suas actividades quotidianas. Eventuais dificuldades encontradas são ultrapassadas com utensílios próprios e comercializados para o esquerdino, mas também os há que acabam por se adaptar ao facto de tudo estar pensado para os destros. Para escrever, por exemplo, é frequente um canhoto entortar a mão e deitar-se em cima da mesa para conseguir ler enquanto