Cangaço
Capítulo 1
Em uma rede esticada no chão, jaz o corpo do pai de Virgulino (que morreu devido às brigas entre famílias rivais, que desejavam o domínio político – protegendo uma delas).
Os três filhos velam o corpo.
Antônio e Livino estão em pé (localizados em cada ponta da rede).
Virgulino, quieto, abatido, de joelhos, olha fixamente a face do seu pai... E fala:
- Nós perdemos tudo
Foi uma injustiça só,
No desejo do domínio
Acabaram com o meu pai!
- Meu pai, morreu!
A polícia é quem matou
Mas a polícia não protege?
Os mais fracos...
Ou os mais fortes?
- Decisão mais acertada então
Antônio, Livino e eu
No bando de Sinhô Pereira e Luis Padre
Devolver essa ofensa
Usando a nossa própria mão
- Para matar tal inimigo, não tenho pena e nem perdão
Tiroteio vai ser pouco
Quando a volante encontrar
Meu fuzil iluminando a noite
Igual fosse um lampião!
Dias e noites se passam, iniciam-se os confrontos (muita luta, sangue e vingança)...
Capítulo 2
E o tempo continua a correr....
... Lampião já tem o seu próprio bando e ótimo estrategista, muito astuto em suas táticas de guerrilha, confunde sempre a volante.
Porém, deu-se por vencido ao encanto de Maria Bonita e após a entrada da sua amada, as portas se abrem para outras mulheres no cangaço.
Muitas histórias e estórias foram contadas, atravessaram estados, criando-se o imaginário: heróis para uns, terror para outros... E de boca em boca no sertão, o nome Virgulino virou agora: Lampião.
Ao longo do tempo novos bandos são formados, devido à crise da economia açucareira (a grande seca que transformou para alguns, o cangaço como uma alternativa), ou por total insatisfação política, desejo de vingança por perda de parentes em lutas de famílias rivais, ascensão social, outros por banditismo mesmo.
Devido à perseguição da polícia, a saída eram os saques, assaltos e por muito tempo atemorizaram. Enfrentaram também alguns poderosos, inspirando