Cangaço e Tenentismo
História
CANGAÇO E TENENTISMO, O QUE FORAM.
No sertão do Nordeste brasileiro, as violentas disputas entre famílias poderosas e a falta de perspectivas de ascensão social numa região de grande miséria levaram ao surgimento de bandos armados, gerando o fenômeno do cangaço. Cangaço é a denominação dada ao tipo de luta armada ocorrida no sertão brasileiro, do fim do século XVIII à primeira metade do século XX.
Cangaceiro era o homem que se dedicava a essa atividade, trazendo sempre atravessada nos ombros sua espingarda, como um boi debaixo da canga. Já no começo do século XIX, o cangaceiro trazia a tiracolo ou dependurada no cinturão toda sorte de armas suplementares, como longos punhais que batiam na coxa e cartucheiras de pele ou de couro, praticamente a mesma indumentária de Lampião, cem anos mais tarde.
Existiram três tipos de cangaço na história do sertão: o defensivo, de ação esporádica na guarda de propriedades rurais, em virtude de ameaças de índios, disputa de terras e rixas de famílias; o político, expressão do poder dos grandes fazendeiros; e o independente, com características de banditismo.
Entre o final do século XIX e começo do XX, surgiram alguns grupos de homens armados conhecidos como cangaceiros, localizados no nordeste brasileiro. Estes grupos apareceram em função, principalmente, das péssimas condições sociais da região nordestina onde havia muitos latifúndios, que concentravam terra e renda nas mãos dos fazendeiros, chamados "coronéis" e deixava o restante da população nordestina a margem da miséria.
Os cangaceiros andavam em bandos armados, espalhavam o medo por todo sertão nordestino. Promoviam saques a fazendas, atacavam comboios e chegavam a sequestrar fazendeiros para obtenção de resgates em forma de dinheiro. Aqueles que respeitavam e acatavam as ordens dos cangaceiros não sofriam, e eram muitas vezes ajudados. Esta atitude, fez com que os cangaceiros fossem respeitados e até