canela
A Canela é uma das especiarias mais antigas, que se tem conhecimento e cujas propriedades terapêuticas eram já conhecidas pelos chineses, 2.500 anos a.c.. Originária do Sri Lanka (antigo
Ceilão) chegou à Europa no séc. XVI pelas mãos dos portugueses tornando-se, rapidamente, numa das especiarias mais procuradas. Era essencialmente usada na alimentação, na perfumaria, mas também no tratamento de pequenas maleitas de saúde (cit in Pinto).
Pertencente à família das Lauráceas, as duas espécies mais utilizadas são a Cinnamomum
Zeylanicum Nees (Canela do Ceilão, Pau de Canela) mais usada no Ocidente e a Cinnamomum
Cassia (Canela da China), ou em mandarim, Gui Zhi, mais difundida no Oriente. As características terapêuticas de ambas são similares, embora, a Canela da China seja menos activa (Cunha et al, 2006), usando-se de ambas as folhas, os rebentos, a casca e o óleo essencial. Segundo Cunha et al (2006) a sua composição química inclui substâncias como o Aldeído
Cinâmico, responsável pelos seus aroma e sabor intensos e por propriedades anti-fúngicas, o
Cineol, que tem propriedades antespasmódicas, secretolíticas e anti-fúngicas (Schuls et al,
2002) e o Cariofileno que possui grande potencial anti-inflamatório e forte acção anti-séptica
(Cunha et al, 2004).
À canela são atribuídas, pela Medicina Chinesa, características de sabor Doce e Picante, natureza Morna, agindo nos meridianos do Pulmão, Bexiga e Coração (Decai, p. 44).
O Doce e o Picante são os sabores que mais aquecem e provocam movimento no organismo.
Neste caso, surgem unidos à natureza ou temperatura morna que os ajuda, ainda um pouco mais, a difundir essas acções.
Quando age no Pulmão, a canela promove a sudorese expelindo os factores patogénicos que se encontram na superfície do corpo, eliminando dessa forma os agentes causadores da gripe
(sem febre ou com febre baixa), da asma, da constipação, entre outros (Cheng, 2008).
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