Parte B J.F. de Almeida Prado, no livro “A Política no Brasil”, publicando em São Paulo no ano de 1973, aborda o governo de Campos Sales. O predecessor de Campos Sales, Prudente de Moraes, conseguiu restabelecer a ordem do país, colocando fim à Revolução Federalista e melhorou a imagem do Brasil no exterior ao resolver algumas questões diplomáticas. No entanto, na economia, caminhávamos para superprodução de café, que não encontrava mercado consumidor suficiente o que gerou uma grave crise econômica, tendo em vista que a economia já estava abalada. Para agravar a situação,a venda de armas para os Estados Unidos não estava sendo suficiente para cobrir nossas despesas, que só aumentavam. Assim, Prudente de Moraes havia apenas conseguido pôr fim aos tumultos da República da Espada, garantindo ao Brasil um aspecto de nação una e indivisível, consolidando o poder civil (oligarquia cafeeira). Porém, economicamente, nosso país estava profundamente abalado e foi nesse contexto que Campos Sales assumiu a presidência. A fim de conter a inflação e estabilizar a economia, meta de seu plano financeiro baseado no contrato do funding loan, Campos Sales estabeleceu uma relação de união entre o poder Executivo e a Fazenda, cujo ministro era Murtinho. Ao contrario do governo de Campos Sales, no governo de Deodoro da Fonseca essa união não foi benéfica, visto que Deodoro e seu ministro, Rui Barbosa, tomaram medidas importantes como a política do Encilhamento, sem consultar os colegas de governo. Campos Sales e Murtinho adotaram medidas como congelamento de salários e preços, aumento de impostos, suspensão de obras públicas, corte no auxílio pecuniário, entre outras medidas para cortar gastos públicos e desenvolver a economia. Porém, em conseqüência dessas medidas, as grandes empresas e o crédito bancário foram afetados, sendo que o governo parecia indiferente a tais questões. Assim, espalhou-se um descontentamento interno com relação a Campos