Camisinha na idade medica
Apesar de tanta notoriedade, o preservativo é uma espécie de “novidade antiguíssima”. Há mais de três mil anos, os chineses fabricaram uma primeira versão feita a partir da combinação do papel de seda e a aplicação de óleos lubrificantes. Ainda entre os chineses, vemos a menção de preservativos femininos feitos com produtos de origem vegetal. Entre os gregos, relatos mitológicos e históricos falam do uso de bexigas natatórias de peixes e a bexiga das cabras como forma de método contraceptivo.
Entre a Idade Média e a Idade Moderna, temos a presença de alguns relatórios médicos que recomendavam a utilização de envoltórios penianos produzidos com linho. Além do tecido, recomendava-se a aplicação de substâncias supostamente medicinais. Chás de erva, absinto, urina, partes sexuais de animais eram alguns dos estranhos ingredientes sugeridos como forma de prevenção da sífilis, uma doença que aparece nesse tempo com os nomes de “mal francês” ou “mal napolitano”.
Na França do século XVII, as menções sobre o uso da camisinha como método contraceptivo aparecem, mas não com o intuito de se controlar a quantidade de filhos de uma família. A grande preocupação desse tempo, seja para o homem ou para a mulher, era evitar os infortúnios financeiros e sociais causados com os polêmicos filhos bastardos. Já nessa época, os preservativos (feitos de veludo e seda) eram vendidos de forma clandestina. Afinal de contas, os representantes da Igreja já condenavam o uso de instrumentos que burlavam os fins reprodutivos do sexo marital.