Caminhos e Fronteiras
• O recurso a numerosas técnicas primitivas, em parte ainda persistentes, de aproveitamento do solo americano, que resultou, sem dúvida, dos contatos mais ou menos íntimos que manteve o colonizador europeu com os antigos naturais da terra nos tempos em que se seguiram à conquista.
• É certo que variaram de intensidade nas diferentes áreas coloniais, e que sua influência há de ter variado em grau correspondente.
• Textos de meados daquele século, como, por exemplo, a biografia de padre Belchior de Pontes, por Manuel da Fonseca, já se referem como coisa do passado ao predomínio da língua geral entre os moradores da capitania .
• Da intimidade das relações entre os brancos e índios, o vocabulário brasileiro guarda vestígios ainda hoje. Entre outros, sobressaem, em particular, os termos técnicos relacionados á vida, e que, só por si, já assinalariam o grau apreciável da contribuição indígena em tal domínio.
• Não só o tráfico do sertão como a necessidade de se abastecerem os brancos e mamelucos de objetivo indispensáveis aos misteres agrários, em terra tão escassa comunicação com a metrópole européia, explicaria o desenvolvimento considerável que, na vila de São Paulo, desde seus inícios, pudera alcançar o ofício de ferreiro.
• É provável, mesmo, que o primeiro engenho de fundir ferro que se erigiu em terras americanas – os de Jameestown, na Virgínia, são posteriores a 1607 - tenha sido o de Araçoiba, perto da atual Sorocaba, e data de fins século XVI.
• O segundo engenho de ferro principiou a funcionar exatamente no ano de 1607 e achava-se localizado a apenas duas ou três léguas de São Paulo, no sitio de Ibirapuera, do lado esquerdo do rio Pinheiros. São vagas e confusas, entretanto, as notícias, publicadas acerca desse estabelecimento.
• A instalação fora dificultosa e demorada devido, a falsa maquinaria e de pessoal para as obras. Para cúmulo