Caminhos e fronteiras
Capitulo 1: veredas de pés posto Neste capitulo Sergio Buarque de Holanda vai retratar a origem das habilidades obtidas pelos bandeirantes e sertanistas que se propuseram a desbravar o Brasil e um elemento bastante simples e comum atualmente, mas que naquele período diferenciava em muito as classes sociais e o modo de vida das pessoas, o sapato. O autor inicia o capitulo retratando as enormes habilidades que os indígenas tinham e tem em se localizar dentre as matas, utilizando do sol, das estrelas, de galhos, de arvores e elementos naturais para se localizar, além de sua enorme habilidade de sobrevivência conhecendo os sons da floresta, a variedade botânica e animal. Podendo se beneficiar com facilidade da caça. Estas habilidades foram passadas aos sertanistas ao longo dos anos, o que os permitiu o desbravamento das terras a oeste da costa brasileira, locais habitados em sua maioria por indígenas em outros casos inabitados, podendo assim estender as fronteiras brasileiras e obtendo maior conhecimento do que havia além da costa brasileira, principal região de povoamento. Sergio Buarque de Holanda tratará também de um elemento bastante interessante, que é o uso de sapatos, assim intitulando este capitulo. O sapato era o diferencial de classes sociais, o diferencial entre o negro alforriado e o negro escravizado, a partir destes elementos vê-se a importância deste utensilio indispensável em nossas vidas atualmente. Os sertanistas desbravavam as terras com os pés em contato direto com o solo, assim como os índios, isto nos mostra que estes bandeirantes buscavam muitas vezes uma vida melhor ou simplesmente estava a mando de um superior para expandir seu poderio, portanto este que andava de pés descalços poderia ser um subordinado. Os sapatos podem ser abstraídos de um simples utensilio e ser realocado como um divisor de aguas em quem você poderia ser nesta sociedade, vendo então a tamanha importância que este tem nesta sociedade.