Camilo Castelo Branco
Ficou órfão de mãe com apenas um ano de idade e o seu pai faleceu quando tinha 10 anos. Estes acontecimentos provocaram um sentimento, em Camilo, de eterna insatisfação com a vida. Foi recolhido por uma tia de Vila Real e, mais tarde, por uma irmã mais velha, Carolina Rita Botelho Castelo Branco.
Com apenas 16 anos (18 de Agosto de 1841), casa-se em Ribeira de Pena, Salvador, com Joaquina Pereira de França. O casamento precoce, resultou de uma mera jovem paixão, não tendo resistido muito tempo. O jovem casal desentendia-se e discutia frequentemente e demorou menos de um ano para Camilo sair de casa, deixando a esposa, grávida de uma filha.
Um ano depois de se ter casado (1841) decide que quer entrar para a universidade e para isso muda-se para a terra de Granja Velha para poder estudar com um Padre-tutor e preparar-se para os exames de admissão. Um ano depois consegue ingressar na Escola Médico-Cirúrgica na cidade do Porto.
No Porto, o seu carácter instável, irrequieto e irreverente fá-lo ingressar por uma vida estudantil boémia e leva-o a amores tumultuosos com Patrícia Emília do Carmo de Barros e uma freira, de nome Isabel Cândida. Tal vida fá-lo descorar os estudos e não chega a concluir o curso de medicina.
Em 1846, publica os seus primeiros trabalhos literários no jornal “O Nacional” no qual passara a trabalhar como amanuense. Esse posto, segundo alguns biógrafos, surge a convite após a sua participação na revolta popular chamada Revolta da Maria da Fonte, ocorrida na primavera de 1846 contra o governo da altura, em que terá combatido ao lado da guerrilha Miguelista (monárquica) contra os liberais (que pretendiam a instauração em Portugal de um regime constitucional.).
Ainda em 1846, Camilo castelo Branco, embora ainda casado com Joaquina França, passa a viver com Patrícia Emília do Carmo de Barros. E no mesmo ano a sua