Camila
A esquistossomose é causada por platelmintos da classe Trematoda. Estes ocorrem em diversas regiões do mundo, sendo que, no Brasil, o responsável pela doença é o Schistossoma mansoni. Este tem a espécie humana como hospedeiro definitivo, e caramujos de água doce do gênero Biomphalaria, como hospedeiros intermediários.
Pessoas contaminadas permitem com que outros indivíduos adquiram a doença ao liberar ovos do parasita em suas fezes e urina, quando estas são depositadas em rios, córregos e outros ambientes de água doce; ou quando chegam até estes locais pelas enxurradas.
Na água, a larvas - denominadas miracídios - são liberadas e só continuam seus ciclos de vida se alojarem-se em caramujos do gênero Biomphalaria. Estes possuem como característica principal concha achatada nas laterais e de cor marrom acinzentada.
As larvas, agora denominadas cercárias, se desenvolvem e são liberadas na água. Em contato com a pele e mucosa humanas, penetram no organismo e podem causar inflamação, coceira e vermelhidão nessas regiões. Lá, desenvolvem-se, reproduzem-se e eliminam ovos a partir de veias do fígado e intestino, obstruindo-as.
Sintomas de Esquistossomose
Os sintomas variam dependendo da espécie de verme e da fase de infecção.
Infestação severa (muitos parasitas) pode ocasionar febre, calafrios, aumentos dos nódulos linfáticos e aumento do fígado e baço.
A invasão inicial da pele pode causar coceira e erupção cutânea (coceira de nadador). Nesta condição, o esquistossoma é destruído dentro da pele.
Os sintomas intestinais incluem dor abdominal e diarréia (que pode conter sangue).
Os sintomas urinários podem incluir urinação freqüente, urinação dolorosa (disúria) e sangue na urina (hematúria).