Minha Resposta

Merton partiu de uma análise da sociedade americana, onde ele alimentou a ideia de que em toda sociedade apresentam metas culturais as quais tem que serem alcançadas, entendendo-se como tais os valores socioculturais que orientam a vida das pessoas. Mas para atingir essas metas têm os meios, que são recursos institucionalizados através da sociedade, onde estes aderem normas de comportamento. Sendo que, de um lado estão as metas socioculturais e de outro lado, os meios socialmente já escritas para atingi-las. Acontece, entretanto, que os meios, os quais já existem, não são suficientes e nem estão ao alcance de todos, ocasionando, com isso, um desiquilíbrio entre os meios e os objetivos a serem atingidos, ou seja, que, enquanto todos são insistentemente estimulados a alcançar tais metas sociais, de fato, somente apenas uns poucos têm a sua disposição os meios institucionalizados.
Robert Merton explica isso, tomando como exemplo a meta que é mais importante da sociedade americana, que é o sucesso na vida. Porém, quantos na realidade, têm condições para atingir o objetivo final? Embora de constituída em objetivo da vida de todos, pouquíssimos conseguem obtê-la frente a falta dos meios institucionalizados, e que estão com uma minoria da sociedade. Resultando com isso, um desajuste, um desacerto entre os fins, os quais são sugeridos para todos com a finalidade de atingir tais metas. Esse desequilíbrio, acarretaria o comportamento desviante individual ou em grupo, visto que, a pessoa no esforço de conseguir alcançar as metas as quais lhes foram sugeridas e não tendo os meios para isso, iria buscar diferentes meios, ainda que esses sejam opostos aos interesses da sociedade, da qual faz parte.
Seja como for, é fato que os bandidos, especialmente com a ajuda da mídia e de intelectuais ingênuos, tornam-se mitos na medida em que têm suas certos atributos ressaltados: Escadinha, o intrépido, fugiu do Presídio da Ilha Grande de forma fenomenal; Leonardo Pareja, o conciliador,