Camara clara
Barthes, logo no início de seu texto, nos antecipa as dificuldades metodológicas enfrentadas por quem deseja analisar a fotografia.
Em seu texto possui um tom pessoal, ainda que crítico, em relação à imagens, fotografias selecionadas, fotografias em geral, arte, verdade e real.
Segundo Barthes, a fotografia pode ser objeto de três práticas:
fazer: fotógrafo/ operator suportar: spectrum/ espetáculo/ espectro retorno do morto olhar: spectator
Para o autor, fotografias são sempre invisíveis, pois sempre vemos o seu referente em
Detrimento da fotografia em si. Na medida em que o autor traça considerações sobre fotografias buscando diferenciá-las dos outros tipos de imagens, sente a força da desordem e do acaso que impregna a foto, por essa ser, segundo ele, uma arte pouco segura.
Após a escolha pessoal de algumas fotografias, Barthes passa a elaborar uma fenomenologia particular, comprometida com temas antes desconsiderados, como o afeto, o gosto pessoal que está presente na fotografia, desde sua gênese enquanto imagem, até a circulação das mesmas. Assim, ele define algumas categorias:
Studium: gosto de alguém, culturalmente perceptível. Reconhecer o studium é encontrar as intenções do fotógrafo, compreendê-las, discuti-las.
Punctum: aquilo que parte da cena e traspassa, fere, punge, mortifica o spectator. Choque fotográfico: revela aquilo que estava tão bem oculto e do qual o próprio ator estava ignorante ou inconsciente.
O spectator é o ponto de referência de qualquer foto, e essa atesta, segundo Barthes, que o que é visto de fato existiu (referência). Seu sentido é pleno, à