Resumo: Como parte da disciplina Saúde Coletiva I da EE da USP, tivemos a tarefa de captar a realidade objetiva em um CRT (Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS). Nosso objetivo foi mostrar as contradições presentes nesta realidade, assim como sua interpretação. Nossa visita no CRT/AIDS durou aproximadamente três horas e aconteceu no dia 11/03. Para interpretação da realidade, fundamo-nos nas bases filosóficas, a saber: a historicidade e a dinamicidade. O fenômeno que escolhemos para interpretar foi a não sistematização da assistência de enfermagem no local. Na dimensão singular, esse fenômeno é contraditório com a perspectiva da enfermagem em prestar um atendimento sistematizado e de qualidade às pessoas que buscam por esses cuidados. Na dimensão particular, a contradição consiste na diferença entre o atendimento da equipe de enfermagem no CRT e outros centros de atendimentos a pessoas com DSTs-AIDS, vinculados a órgãos estaduais, o que poderia prejudicar a relação do sistema de referência e contra referência entre o CRT-SP e outras Unidades Estatais. Na dimensão estrutural, a contradição do fenômeno permite a abertura de uma lacuna no trabalho interdisciplinar, já que todos os protocolos de atendimento aos pacientes com DST/AIDS são elaborados pensando-se no trabalho conjunto de toda a equipe de profissionais em saúde. No entanto, é interessante saber que existem protocolos feitos pelo Ministério da Saúde para tratar de pessoas com DST/AIDS. Assim, cabe à enfermeira lutar pela sua autonomia no campo de trabalho, ao buscar o controle de si mesma e ir contra o fluxo da alienação.
Palavras Chave: Doenças Sexualmente Transmissíveis. HIV. Autonomia Pessoal. Papel do Profissional de Enfermagem. Autonomia