Calvinismo e capitalismo
História Moderna e Teoria Política
Relação entre a expansão da igreja calvinista e o fortalecimento do capitalismo
A partir do XVI iniciou-se um processo de divisão do cristianismo, esse processo ficou conhecido como Reforma Protestante, essa divisão pos fim a hegemonia política e espiritual da Igreja Católica. A Reforma fez uma adequação religiosa para as transformações socieconômicas que a Europa estava vivenciando naquele momento. Havia conflitos entre o poder da Igreja e o desenvolvimento dos Estados Nacionais, além disso os ideiais dos novos grupos burgueses de atividades produtivas capitalistas chocavam-se com as teorias religiosas. A vida desregrada do alto clero, a venda de indulgências e cargos, os conflitos em Roma e etc., tornaram a Igreja alvo de contestações.
“O conflito social entre o novo grupo emergente (burguesia) e a religião tradicional, aliado ao conflito político entre reis e papa, desencadeou uma crise estrutural dentro da Igreja e o aparecimento do protestantismo, foi, na verdade, um processo com raízes distantes nas heresias dos séculos XI e XII, no Cisma do Ocidente e na desmoralização da autoridade papal” (VICENTINO, Claúdio. História Geral, 2000.)
Na Suiça, que já possuia um comércio próspero, a Reforma teve início com Ulrich Zwinglio (1489 – 1531), desencadeou uma guerra civil entre reformadores e católicos, depois da guerra cada região administrativa do país passou a possuir autonomia religiosa. João Calvino (1509 – 1564), nasceu em Noyon, França, estudou teologia e direito, aderiu a algumas ideias de reformadores protestantes como Lutero e Zwinglio, acabou sendo considerado herege e foi perseguido, fugiu para Suiça. Calvino publicou a obra Instituição da religião cristã e entre 1541 e 1560 governou a cidade de Genebra, com suas pregações conquistou o controle da vida religiosa instaurando uma rígida censura. Na doutrina calvinista o mundo era dependente da vontade absoluta de Deus, os