caldeiras
O bagaço é o resíduo fibroso resultante da moagem de cana e contêm ao redor de 48 a 52% de umidade, 2% a 3% de sólidos solúveis (brix) e 46% a 48% de sólidos insolúveis (fibra). Para cada tonelada de cana processada resultam ao redor de 280 kg de bagaço. Esse valor é obtido pelo princípio da tecnologia sucroalcooleira de que toda fibra que entra com a cana na moenda ou difusor é igual à quantidade de fibra que sai com o bagaço.
Em uma t de cana (1000 kg) o rendimento de bagaço em quilogramas por tonelada de cana será:
Por exemplo, sendo a fibra % cana igual a 13,0% e a fibra % bagaço de 46,0%:
Rendimento de bagaço = 1000 * 13,0 / 46,0
Rendimento de bagaço = 283 kg/t cana
O excedente de bagaço nas usinas brasileiras teve aumento significativo na década de noventa, com a redução de consumo de vapor, fruto da melhoria de eficiência nos processos produtivos, criando um mercado de comercialização desta biomassa para outras indústrias. A partir de 2001, quando da crise de energia elétrica no Brasil (apagão), e com o setor elétrico num processo de privatização, a remuneração da energia elétrica passou a viabilizar investimentos das usinas em caldeiras de alta pressão e processos produtivos mais eficientes, tornando possível a geração adicional de energia elétrica e sua comercialização com outras empresas consumidoras. Assim, usinas que comercializavam bagaço no mercado, passaram a consumi-lo internamente, visando aumentar a exportação de energia elétrica, de forma significativamente mais rentável que a simples comercialização do bagaço. Desta forma, a biomassa passou a ter um valor significativamente mais alto para estas usinas do que o simples preço de mercado do bagaço.
Para início da safra seguinte ou para ser utilizado na entressafra, o bagaço precisa ser armazenado adequadamente, para que sejam preservadas suas propriedades combustíveis, o que pode ser realizado em áreas abertas ou armazéns cobertos. A possibilidade de enfardamento do bagaço ou de