Caldeiras
CALDEIRAS FOGOTUBULARES COM QUEIMA DE GÁS NATURAL
Por: Eng. Armando C. P. Ferreira armando@thermoservice.com.br Introdução:
Caldeira fogotubular, como o nome sugere, é uma caldeira em que a queima e os gases dela resultantes fluem dentro de tubos.
A queima processa-se no interior de um cilindro construído em chapa de aço, com dimensões tais que permitam a combustão completa de modo que, após a mesma, só fluam gases quentes para as demais passagens de gases.
Este tipo de caldeira é o mesmo que se adotava nas locomotivas a vapor e vem sofrendo transformações no sentido de que sejam mais seguras e eficientes.
São fabricadas no Brasil desde os anos 40 e um dos seus primeiros fabricantes é a ATA COMBUSTÃO
TÉCNICA, que as produz desde 1954.
Tradicionalmente, estas caldeiras compõem-se de três passagens de gases, que são:
§ Fornalha e Câmara de reversão traseira
§ 2ª passagem de gases
§ 3ª passagem de gases
São fabricadas também caldeiras de um, dois e quatro passagens de gases, porém o que predomina mesmo entre os fabricantes que mais modernizaram seus produtos, principalmente na Europa e Ásia, é a concepção de três passagens de gases.
A queima do combustível gera gases quentes que, após deixarem a fornalha, passam por uma Câmara de reversão e são encaminhados para a 2ª passagem de gases.
Essas caldeiras possuíam um só espelho traseiro que ancorava a fornalha e os tubos das duas passagens de gases. A câmara de reversão traseira era feita de material refratário (tipo Dry Back).
Os conceitos que norteavam todos os projetos dessas caldeiras originavam-se dos EE UU, um país que, tradicionalmente sempre cultuou caldeiras aquatubulares.
As taxas de vaporização situavam-se na faixa de 30 kg/h de vapor por m² de superfície de aquecimento.
Considera-se superfície de aquecimento, a soma das superfícies das paredes da fornalha, câmara de reversão ( Se for Wet Back) e tubos das segunda e terceira passagens de gases que recebem o calor