Caio julio cesar
César cresceu em meio a intensos conflitos políticos que arruinaram a decadente República Romana. Ligado por família e casamento aos reformistas populares, liderados por seu tio Caio Mário, César teve sorte de escapar com vida quando o grupo rival conservador, Optimates (Partido da Nobreza), se impôs na ditadura de Sila, em 81 a.C. O revés retardou progressos na carreira do jovem ambicioso César, e ele só alcançou proeminência quando tinha mais de 30 anos. César começou a chamar atenção mais por escândalos do que por talento. Era insaciável mulherengo, famoso pelos casos com mulheres casadas – talvez pai de um dos seus assassinos, Marcos Brutus. Para se destacar em cargo público gastou bem mais do que as posses permitiam, se endividando profundamente. Assumiu posição política de populista radical, defendendo por exemplo, a distribuição de terras para veteranos de guerra e pobres. Não tinha a confiança da elite romana, que o considerava sem escrúpulos na ânsia por riqueza e poder.
Em 60 a.C., César fez aliança particular com o rico e poderoso general e político Marco Licínio Crasso e com Pompeu, o mais vitorioso general de Roma, com o intuito de dominarem a política romana. César era o membro mais novo da aliança (o primeiro triunvirato), mas ela lhe garantiu a eleição de cônsul, o mais alto cargo do Estado. Depois foi nomeado para governar as províncias romanas da Gália (atual França), onde foi enérgico e implacável nas campanhas contra tribos célticas e germânicas. Cesar não se limitou a seu território. Cruzou o Reno e fez incursões na Alemanha; ao norte, alcançou o rio Tâmisa, na Britânia. As vitórias lhe trouxeram riqueza e glória, além de instrumentos para alcançar o poder; compartilhou privações e perigos nas marchas e batalhas com seus legionários, os enalteceu e os recompensou, que em troca eram mais leias a