Café
Para atrair a nobreza, adotou a política de “distribuição de favores”: distribuía pensões, presentes e empregos bem-remunerados a condes, duques e barões. E, na sua corte, no Palácio de Versalhes, residência oficial, abrigava e sustentava milhares de outros nobres.
Para obter apoio da burguesia, entregou a direção da economia a Jean B. Colbert, membro de uma importante família da burguesia e defensor dos interesses desta classe. Buscando aumentar a riqueza da França, Colbert favoreceu as exportações dos produtos franceses concedendo prêmios em dinheiro e ajuda financeira a várias manufaturas francesas e isentou-a de impostos.
Nessa época a cidade de Paris, já contava com uma população de meio milhão de habitantes e vivia uma época de efervescência cultural e científica, e de grandes melhoramentos urbanos. A gastronomia também passava por um momento importante, com a nobreza francesa e seus cozinheiros renovando os gostos e modos à mesa, que ganhava novos utensílios, como talheres, novas maneiras de servir a comida e novas receitas e produtos como o café, que chegara à Europa ocidental, através de Veneza, em 1615, e à França, em 1644 pelas mãos de comerciantes de Marseille. Como aconteceu em todos os países onde chegou, o café, apesar de seu gosto amargo, pois ainda não se utilizava o açúcar, conquistou o paladar dos franceses. Em 1669, o "vinho do Islã", como então era chamado o café, foi apresentado pelo embaixador da Turquia ao rei Luís XIV que se apaixonou pela bebida a ponto de prepará-la pessoalmente, mesmo para seus convidados. Sendo tão importante para o soberano, o café virou moda na corte. Foi nesse cenário, em 1686, num dos mais agitados pontos