Caeiro
ENTENDENDO MELHOR ALBERTO CAEIRO
INTRODUÇÃO
Fernando Pessoa o autor multifacetado. O poeta diverso no seu mundo. Neste trabalho, mostraremos um pouco desse genial poeta português com ênfase para um dos seus mais ilustres heterônimos, o mestre de todos os outros: Alberto Caeiro. Mostraremos alguns tópicos sobre a riqueza heteronímica de sua obra e o legado que a mesma deixou no universo literário. Mostrando através de Caeiro digamos assim uma visão oculta de Pessoa, visão essa sensacionalista, objetiva, antimetafísica e panteísta. Como é apresentado no seguinte verso de Caeiro:
“Eu não tenho filosofia: tenho sentidos
Se falo na natureza não é porque saiba o que ela é.
Mas porque a amo, amo-a por isso,
Porque quem ama não sabe o que ama
“Nem por que ama, nem o que é amar...”
(Alberto Caeiro, fragmento de “O guardador de rebanhos”).
Falar sobre o gênio Fernando Pessoa é um enorme desafio, mas vamos a ele!
Nasceu em 13 de junho de 1888. Fernando Nogueira Pessoa – filho de Joaquim de Seabra Pessoa, funcionário do ministério da justiça e crítico musical, e da açoriana Maria Madalena Pinheiro Nogueira é considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa .
A sua primeira infância foi marcada pelo precoce falecimento de seu pai, que morre tuberculoso aos 47 anos, em 1893. Sua mãe sentiu-se desamparada, pois já tinha dois filhos pequenos, tivera o terceiro Jorge. Passaram por dificuldades financeiras e para piorar a situação morre o seu filho Jorge com seis anos de idade. Nessa época Pessoa cria o seu primeiro heterônimo Chevalier de Pas. Sua mãe conhece João Miguel Rosa com quem se casará na África onde morava seu futuro