Cadmio

De acordo com os livros Handbook of Industrial Toxicology, 3.ª Edição, editada em 1987 por Chemical Publishing Company, Incorporation, de autoria de E. R. Plunkett, M.D., e Toxicologia Humana e Geral, da autoria de Dilermando Brito Filho, 2.ª Edição, editado pela Livraria Atheneu, em 1988, Capítulo 4 – Venenos Metálicos- págs. 154-158, o cádmio é um metal sólido, branco, muitas vezes acompanhado pelo zinco, empregado na fabricação de acumuladores (baterias de veículos automotores e baterias alcalinas), galvanoplastia, fundição de chumbo, latão e bronze, fabrico de fusíveis, ligas, amálgamas, catalisadores, placas elétricas, lâmpadas fluorescentes, fungicidas, inseticidas, jóias, lubrificantes, pigmentos, células fotoelétricas, condutores de luz, na indústria fotográfica, pirotécnica, de solda, corante, esmalte, cerâmica e reatores nucleares. É extremamente tóxico. As intoxicações profissionais ocorrem por via oral ou inalatória, e, mais raramente, cutânea, lesando praticamente todas as células do organismo, atuando por bloqueio da respiração celular e de alguns sistemas enzimáticos fundamentais. Fixa-se nos pulmões, eritrócitos, baço, glândulas endócrinas e supra-renais, fígado e rim, e é eliminado lentamente pelas vias renal e intestinal, sendo a dose letal estimada em 1g/Kg de peso. A máxima concentração permitida no ar é de 0,1 mg/m3. Ingestões agudas de 10 mg já produzem sintomas, e, do ponto de vista de cronicidade, é um veneno cumulativo. Agudamente causa febre semelhante à dos fumos metálicos, cerca de quatro horas após a sua entrada no organismo, irritação nos olhos, nariz e garganta, enrijecimento do peito, tosse, dispnéia, dor de cabeça, vertigem, fraqueza, mialgia, arrepios, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia, e, após cerca de tr6es dias, pode causar edema agudo de pulmão, com hemoptise e o desenvolvimento de progressiva fibrose pulmonar. Na intoxicação crônica, pode-se ter o início dos sintomas anos após a exposição, havendo o aparecimento