Cabotagem
A expectativa do setor é que a baixa utilização do modal está prestes a sofrer uma guinada radical. Várias empresas, como a Transpetro, subsidiária da Petrobras, e a Log-In, ligada à Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), já anunciaram a intenção de adquirir embarcações para operações de cabotagem. A razões do otimismo dos armadores e da indústria está no crescimento médio anual da ordem de 6% registrado pela atividade.
De acordo com o presidente do Grupo de Estudos Logísticos de Pernambuco (Gelpe), Oswaldo Moz, as cargas transportadas por cabotagem crescem ano a ano. No período entre os anos de 1999 e 2005, a movimentação saltou de 24 mil para 360 mil contêineres. Nos doze meses seguintes a movimentação permaneceu a mesma. Para este exercício, porém a perspectiva de crescimento do setor é de 6%. “A carência de equipamentos, em especial navios para realizar esse tipo de operação, é um fator limitante ao crescimento da cabotagem no Brasil. Também existem gargalos logísticos em vários portos do País, em especial na região Sul. Ali, a maioria dos portos tem equipamentos obsoletos e não existe espaço para ampliação de retroáreas”, observa Moz. Segundo ele, seriam necessários investimentos imediatos de R$ 1 bilhão para operar em condições satisfatórias.
No caso dos portos do Nordeste, existe ainda um outro fator limitante. O descompasso entre a chegada de contêineres cheios, vindos do Sul e Sudeste do País, e a saída de contêineres da região Nordeste, em