Báses de cálculo - Concreto
Libânio M. Pinheiro, Cassiane D. Muzardo, Sandro P. Santos
6 maio 2003
BASES PARA CÁLCULO
6.1
ESTADOS LIMITES
As estruturas de concreto armado devem ser projetadas de modo que
apresentem segurança satisfatória. Esta segurança está condicionada à verificação dos estados limites, que são situações em que a estrutura apresenta desempenho inadequado à finalidade da construção, ou seja, são estados em que a estrutura se encontra imprópria para o uso. Os estados limites podem ser classificados em estados limites últimos ou estados limites de serviço, conforme sejam referidos à situação de ruína ou de uso em serviço, respectivamente. Assim, a segurança pode ser diferenciada com relação à capacidade de carga e à capacidade de utilização da estrutura. 6.1.1
Estados Limites Últimos
São aqueles que correspondem à máxima capacidade portante da estrutura,
ou seja, sua simples ocorrência determina a paralização, no todo ou em parte, do uso da construção. São exemplos:
a)
Perda de equilíbrio como corpo rígido: tombamento, escorregamento ou levantamento;
b)
Resistência ultrapassada: ruptura do concreto;
c)
Escoamento excessivo da armadura: ε s > 1,0% ;
d)
Aderência ultrapassada: escorregamento da barra;
e)
Transformação em mecanismo: estrutura hipostática;
f)
Flambagem;
g)
Instabilidade dinâmica − ressonância;
h)
Fadiga − cargas repetitivas.
USP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas
6.1.2
Bases para cálculo
Estados Limites de Serviço
São aqueles que correspondem a condições precárias em serviço. Sua
ocorrência, repetição ou duração causam efeitos estruturais que não respeitam condições especificadas para o uso normal da construção ou que são indícios de comprometimento da durabilidade. Podem ser citados como exemplos:
a)
Danos estruturais localizados que comprometem a estética ou a durabilidade da estrutura − fissuração;
b)