Byronismo
Ainda estudante em Cambridge, publicou seu primeiro livro de poesia em 1807, Hours of Idleness (Horas de ócio), mal recebido pela crítica da prestigiosa Edinburgh Review.
Em 1816, acontece o pedido de divórcio de Lady Byron após um ano de casamento, escandalizando a sociedade inglesa, que o associou aos rumores de incesto do poeta com sua meia-irmã Augusta Leigh, e Byron resolveu deixar a Inglaterra.
Em suas obras, Byron usou com igual mestria o verso curto de Walter Scott, o verso branco, a oitava-rima e a estrofe spenseriana. Seu aristocratismo se reflete na escolha de um estilo classicista pelo qual tratou uma temática fundamentalmente romântica. Toda a obra de Byron, que exprime o pessimismo romântico, com a tendência a se voltar contra os outros e contra a sociedade, pode ser vista como um grande painel autobiográfico. Foram novos, em sua postura, o tom declarado de rebeldia ante as convenções morais e religiosas e o charme cínico de que seu herói demoníaco sempre se revestiu.
Nomeado membro do comitê londrino pela independência da Grécia, embarcou para aquele país em 15 de julho de 1823, a fim de combater ao lado dos gregos contra os turcos. Passou quatro meses em Cefalônia e viajou para Missolonghi, onde morreu em 19 de abril de 1824, após contrair uma misteriosa febre.
Como moda literária, o byronismo se espalhou pela Europa até as últimas décadas do século XIX, com projeções crescentes e importantes nos países jovens da América.
O Byronismo é caracterizado pela presença de pessimismo, sentimento de inadequação à realidade, ócio, desgosto de viver, narcisismo e subjetivismo. Essa geração sentia-se “perdida”, não tinha nenhum projeto no qual se apegar. O sonho, a loucura, o vício, o sexo desenfreado, o macabro e formas de transgressão variadas povoam esse universo, que valoriza as zonas