Romantismo no Brasil
Utilizado durante o Romantismo, movimento caracterizado por ser uma reação ao neoclassicismo, e por dar livre curso à imaginação e às emoções, o Mal do Século surge radicado na literatura apresentada pelos anglo-saxões do século XVIII e da Segunda Geração Romântica, no Brasil, que idealizavam o culto do eu. Sua definição pode ser encontrada no prefácio de Vigny, poeta romântico francês, em Servitude et grandeur militaires (Servidão e Grandeza Militar), de 1835, e na obra do escritor Musset, La Confessiond'un enfant du siècle, um dos ícones do Mal do Século.
De acordo com a definição encontrada no livro Dicionário de Termos Literários, de Moisés Massaud, o Mal do Século é definido como “Pessimismo extremo, em face do passado e do futuro, sensação de perda de suporte, apatia moral, melancolia difusa, tristeza, culto do mistério, do sonho, da inquietude mórbida, tédio irremissível, sem causa, sofrimento cósmico, ausência da alegria de viver, fantasia desmesurada, atração pelo infinito, “vago das paixões”, desencanto em face do cotidiano, desilusão amorosa, nostalgia, falta de sentimento vital, depressão profunda, abulia, resultando em males físicos, mentais ou imaginários que levam à morte precoce ou ao suicídio”.
Encontrado nos livros de autores como Goethe, Chateaubriand, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela, o Mal do Século apresentava características como ambientação noturna, ritualismo, satanismo, misticismo, recorte depressivo da realidade, alienação e sarcasmo. Além disso, os escritores demonstravam grande pessimismo e melancolia, sempre mergulhados em esferas sentimentais e bastante íntimas, sem utilização de muitas referências. Uma das principais influências do Mal do Século é Lord Byron, poeta britânico do movimento romântico.
Características
A segunda geração do Romantismo brasileiro foi marcada pela pouca idade dos autores, sendo os principais Álvares de Azevedo, Casimiro