burocracia
Qualquer pessoa que tenha tido uma experiência gerencial em uma universidade ou, mesmo, tenha nela desenvolvido uma atividade, encontrará dificuldades em associar essas funções básicas à realidade da organização. Primeiramente, algumas estruturas possuem uma finalidade muito mais política do que relacionada ao desempenho. É o caso, por exemplo, dos departamentos, em algumas instituições. Segundo, as atividades de uma universidade muitas vezes são feitas para atender interesses específicos, não diretamente relacionados aos objetivos da organização, mas, por exemplo, de um grupo acadêmico ou profissional. Terceiro, o exercício do poder e a tomada de decisão nem sempre estão diretamente relacionados com a estrutura formal, mas com uma estrutura não-formal e, até mesmo, informal. (LIMA, 2008).
Em uma abordagem mais ampliada, Mintzberg (2006) categorizou cinco configurações para organizações eficazes: estrutura simples, burocracia mecanizada, burocracia profissional, forma divisionalizada e adhocracia. Nesta classificação, as universidades foram identificadas como uma burocracia profissional, apesar do próprio autor reconhecer serem as organizações reais extremamente complexas, muito além do que qualquer uma dessas configurações possa representar.
No modelo de burocracia profissional o principal mecanismo de coordenação é a padronização de habilidades; a palavra-chave da organização é o núcleo operacional; os principais parâmetros de design são o treinamento, especialização horizontal das tarefas, descentralização vertical e horizontal; e os fatores situacionais