Burke, A Escrita da História
Breve Biografia do autor:
Peter Burke é um historiador inglês, Doutorado na Universidade de Oxford (1957 a 1962), foi professor de História das ideias na School of European Studies da Universidade de Essex, professor de muitas outras eminentes universidades européias e, até mesmo, professor-visitante da USP.
Com dezenas de obras importantes realizadas, tais como: A escola dos Annales: (1929 – 1989) A revolução francesa da historiografia (1990), Repensando os Trópicos – obra sobre o autor brasileiro Gilberto Freyre – e A Escrita da História, no qual esta resenha se baseia.
As novas dimensões da pesquisa histórica após o século XIX são à base do estudo deste livro e, logo no capítulo introdutório, Burke nos apresenta sobre a questão de sua obra.
“Neste universo que se expande e se fragmenta, há uma necessidade crescente de orientação. O que é a chamada nova história? Quanto ela é nova? É um modismo temporário ou uma tendência de longo prazo? Ela irá — ou deverá — substituir a história tradicional, ou as rivais podem coexistir pacificamente?” E continuando, nos apresenta que esta obra é destinada a responder essas questões.
O que é a nova história?
Para Burke a nova história surge como uma válvula de escape do historiador, quando este se contrapõe deliberadamente contra o paradigma tradicional de se fazer história – pode-se descrever este paradigma tradicional como “história rankeana”, conforme o grande historiador Leopold Von Ranke (1795 – 1886), embora este estivesse limitado pelos seus seguidores. (assim como Marx não era marxista, Ranke não era rankeano.)
Peter resume os contrates entre antiga e nova história em seis pontos, que no decorrer de seu livro serão estudados mais a