LEVI, Giovanni. “Sobre a micro-história”. In: BURKE, Peter (Org.). A escrita da história: novas perspectivas. Págs. 133-162. São Paulo: Editora UNESP, 1992.
LEVI, Giovanni. “Sobre a micro-história”. In: BURKE, Peter (Org.). A escrita da história: novas perspectivas. Págs. 133-162. São Paulo: Editora UNESP, 1992.
A Micro-história, inicialmente, a partir da década de 1970, surge de um movimento de historiadores italianos, associados a uma determinada linha editorial, a Einaudi. Esses historiadores apontam para a riqueza de possibilidades proporcionada pela micro-análise social. Esta perspectiva constituiu-se uma espécie de reação contra metodologia e conceitos consagrados por produções da história social dimensionadas pelo paradigma de uma abordagem macro-social totalizadora. Logo essa "nova" perspectiva de narrativa da história a partir do micro ganha adeptos em outros lugares.
As proposições metodológicas da Micro-história baseiam-se no recorte temático em um assunto bastante específico.
Abordagens da Micro História para Giovanni Levi
A micro-história tem como proposta uma história experimental. No lugar de fazer uma leitura do passado já de antemão estruturada, trata-se de explicar o passado a partir de elementos retirados “empiricamente” do próprio contexto recriado entre configurações constantemente em adaptação. O sistema são estruturas compostas por elementos micros. A diferença disto para um relativismo é que ainda se procura explicações maiores.
Revel define a micro história como a tentativa de estudar o social, não como um objeto investido de propriedades inerentes, mas como um conjunto de interrelacionamentos deslocados, existentes entre configurações constantemente em adaptação.
Um dos problemas que queremos levantar aqui é o da Revisão Teórica, ou seja, como a Historiografia se apropria dos conceitos das Ciências Sociais: Conceitos nas ciências sociais imprecisos e utilizados metaforicamente.
Caracterização da Micro-história (P. 133)
A micro-história é essenciamente uma prática historiográfica em que suas referências teóricas são variadas e, em certo sentido, ecléticas. O