BURKE, Peter. A comunicação na história. In: RIBEIRO, Ana Paula Goulart, HERSCHMANN, M. (orgs.). Comunicação e História – interfaces e novas abordagens. Rio de Janeiro : Mauad X, 2008, v.1.

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FICHA DE LEITURA: texto

BURKE, Peter. A comunicação na história. In: RIBEIRO, Ana Paula Goulart, HERSCHMANN, M. (orgs.). Comunicação e História – interfaces e novas abordagens. Rio de Janeiro : Mauad X, 2008, v.1.

Palavras-chave:
Comunicação – História – Sistemas de comunicação

Tema central:
A comunicação na história da humanidade

Ideias principais do texto:

Como o próprio título sugere, o historiador Peter Burke faz uma análise sobre a comunicação na história, e para traça uma breve retrospectiva de um extenso recorte histórico sobre as diversas experiências da humanidade em torno da comunicação. E analisa ainda um conjunto de pensamentos importantes sobre a própria comunicação. O ponto de partida dessa retrospectiva é o surgimento das primeiras linguagens, seja através de pinturas em caverna, seja através de linguagem escrita ou falada.

Para começar a orientar sua análise, Burke primeiro faz referência à síntese do téorico norte-americano Laswell sobre o ato comunicativo caracterizado pela conhecida equação “quem (diz) o que (a) quem (em) qualc canal (com) qual efeito” (Laswell, 1987). O autor apresenta logo de início o pressuposto principal no texto: aquele segundo o qual nos dias atuais predominam quatro “mídias” no processo comunicativo: os sistemas oral, escrito, impresso e elétrico. Burke apresenta as quatro mídias já na ordem cronológica de cada fenômeno na história da humanidade. Por sua vez, este pressuposto sustenta a tese fundamental do artigo sobre a importância da “interação” entre mídias, ou recorrendo a Gilberto Freyre, a “interpenetração” entre elas. Ou seja, a ideia de que o surgimento histórico de uma nova mídia não significa o desaparecimento de uma antiga. No processo comunicativo eles coexistem, em maior ou menor medida, mas dificilmente trabalham pela extinção delas mesmas.

Em sua retrospectiva, Burke inicia justamente pelo sistema oral que, segundo ele, costuma ser esquecido pela própria história, como se

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