Bullying e o Autoconceito dos adolescentes do 3º Ciclo
Palavras-chave: Adolescente, Autoconceito e Bullying.
1ª Autora: Marta Maria Nunes da Fonseca Pegado Martinho
Instituição/Serviço: CHMT - Unidade de Tomar/Ambulatório de Psiquiatria
2ª Autora: Maria Helena Quaresma
Instituição/Serviço: Escola Superior de Enfermagem de Coimbra/Docente
O bullying é um fenómeno que tem vindo a preocupar a sociedade em geral, mas em particular a comunidade educativa, pais, alunos e técnicos de saúde, pois, é um subtipo de violência escolar, que inclui tanto componentes físicas como psicológicas, envolvendo uma relação entre o agressor e a vítima na qual sujeitos mais fracos são regularmente provocados, oprimidos e insultados. Esta forma de violência entre os adolescentes distingue-se da agressão ocasional não só pela sua persistência no tempo, como pela desigualdade de poder entre os intervenientes (agressor e vítima), inscrevendo-se, portanto, numa relação de poder assimétrica (Olweus, 2000).
Procuramos conhecer o problema da agressão e da vitimização na adolescência, uma etapa da vida, na qual ocorrem o maior número de transformações, seja no aspecto biológico como no psicoemocional. Como o adolescente passa por numerosas flutuações da imagem corporal, a percepção de si mesmo em termos de gostos e interesses, de qualidades e defeitos, de capacidades e aptidões, provoca esta ambivalência que sofrem, reflectindo na percepção de si mesmo em termos de papéis e estatutos nas dimensões sociais (Hernaez, 1999).
Assim, a percepção que o sujeito tem de si mesmo, na relação com os demais
(Piers, 1988; Shavelson, Hunter e Stanton., 1976; Vaz Serra, 1986; Veiga,
1989), ou seja, o seu autoconceito, tem como função regular o comportamento, mediante um processo de auto-avaliação e auto-consciência, de modo que o comportamento da pessoa dependerá em grande parte do autoconceito que tenha nesse momento (Machargo, 1991).
Os comportamentos de bullying são uma