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São identificados alguns requisitos do profissional que atende adolescentes
Maturidade pessoal; auto-estima; um conceito claro de autoridade com flexibilidade; ser sensível, genuíno, saber dar e receber afecto; possuir valores morais, espirituais e culturais sólidos e congruentes; conheci- mento e compreensão sobre a sexualidade sem preconceitos ou dúvidas morais; capacidade de comunicação sincera e fluida com os jovens e conhecimento adequado e actual da problemática social. 

Respeito, autenticidade e empatia são atitudes facilitadoras do estabe- lecimento de uma parceria terapêutica entre o enfermeiro e o adoles- cente (Cox, 1988, em WHO, 2001) e da expressão de sentimentos pelo adolescente.35 

• Evitar algumas atitudes incorrectas, nomeadamente assumir o papel do adolescente, porque este procura um profissional que o possa aconselhar e ajudar, e não um «colega» que fale e actue como ele. Evitar substituir os pais, o adolescente pode ver o enfermeiro como cúmplice dos pais contra ele e pode recusar toda a possibilidade de ajuda. Não adoptar uma postura dominadora que pode originar uma luta entre o profis- sional e o adolescente para validar quem tem mais poder. Os jovens podem retrair-se ou ser excessivamente provocadores. Ser moralizador é uma outra forma de pactuar com os pais, fazer sermões ou simples- mente avaliar o comportamento dos adolescentes, através de frases, como: «deves fazer ...», «deverias ser mais...». características do adolescente
O modo como o adolescente se apresenta poderá condicionar a forma como o enfermeiro vai conduzir a entrevista (Anexo 3). 31, 32, 33, 34
O enfermeiro, para além de estar atento à forma como o adolescente se apresenta, também necessita de identificar as dificuldades na relação. Uma das mais frequentes é quando o adolescente é silencioso e um pouco hostil.20 Estes comportamentos constituem, por vezes, barreiras defensivas que podem ser minimizadas, centrando-se o enfermeiro em outros aspectos que também carac-

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