bufalo

O búfalo doméstico, espécie Bubalus bubalis, teve sua origem no continente asiático, onde foi levado à África, posteriormente à Europa e Oceania e finalmente à América (Damé, 2006). Somente no final do século XIX pequenos lotes de búfalos originários da Ásia, Europa (Itália) e Caribe foram introduzidos no Brasil, inicialmente mais pelo seu exotismo que por suas características produtivas (Bernardes, 2007). A significativa adaptabilidade a variadas condições ambientais, a alta fertilidade e a longevidade produtiva permitiram que em pouco mais de 100 anos, a bubalinocultura no pais apresentasse evolução expressiva e relevada importância para diversos criadores que encontraram nessa atividade uma forma de explorar terras impróprias para outros animais de produção.
No Brasil, a exploração de búfalos destina-se principalmente à produção de carne, pois ainda falta tradição dos criadores brasileiros em explorar a produção leiteira (Rosa et al., 2007), entretanto, a partir dos anos 80, verificou-se crescente interesse em animais com aptidão leiteira ou duplo propósito (leite/carne). A exploração para corte é normalmente feita sob sistemas extensivos, tendo como base alimentar as pastagens, porém sem suplementação adequada (Bernardes, 2007), o que leva ao não suprimento das exigências nutricionais do animal, fazendo com que esse não desempenhe sua capacidade produtiva, o que muitas vezes leva o produtor a abandonar a atividade.
A carne do búfalo é de excelente qualidade, entretanto, historicamente o animal só era abatido no final da vida produtiva, após ser utilizado para trabalho e tração, assim abatiam-se animais velhos ou fêmeas descartadas, gerando um conceito errôneo acerca da qualidade dessa carne. Entretanto, esse conceito vem sendo modificado pela percepção de sua qualidade gustativa e composição, pois quando comparado à carne bovina apresenta: 55% menos calorias, 12 vezes menos gordura, 11% a mais de proteínas e 10% a mais de