Brohm e a organização capitalista do Esporte
Marcelo Weishaupt Proni, faz neste texto reflexões e ponderação a respeito da obra de Jean Marie Brohm, em particular a obra “Sociologie Politique du sport”, Sociologia Política do Esporte que foi publicada na França em 1976, onde já aconteciam diversos debates sobre os papeis sociológicos do esporte, com um olhar mais atento para o esporte de alto rendimento e suas diversas formas de expressão.
Neste contexto debatiam-se as dimensões sociopolíticas do esporte, os valores esportivos bem como, os seus problemas e desvios. Dentre estes desvios se destacavam-se os direitos dos atletas (salários e carga de trabalho), O RESULTADO como objeto final a qualquer preço, preferência para formação de atletas de alto rendimento, A utilização do esporte como cabo eleitoral, exploração da propaganda de forma predatória.
É evidente hoje que estes itens observados tem semelhança a filosofia capitalista, neste sentido o autor se afina perfeitamente com os pensamento de Marx, reforçando suas ponderações no âmbito esportivo, justamente quando se procura ao máximo o rendimento e os resultados a qualquer preço. Embora estas considerações já estivessem sendo observadas pela escola alemã, teve em sua obra a condição de aprofundar os temas e embasar suas críticas sobre o modelo sociológico esportivo.
O ponto de partida de Brohm é o Capital, assim como Marx, e enxerga de forma clara o esporte produzindo produtos, mercadorias, é claro que mercadorias especificas tais como: Ídolos, Espetáculos, Recordes, campeões e competições, a esse processo dá o nome de “processo de produção esportiva” e vê o lazer como o não-produtivo. Segundo o autor o aparecimento do esporte moderno se dá ao fato de se poder quantificar, qualificar e verificar de forma precisa a performance dos atletas em suas diversas possibilidades, surgindo assim o fator comparativo. O mesmo acontece com os treinamentos que visam o alto rendimento.
Com o surgimento do esporte