Brincadeiras tradicionais
1. INTRODUÇÃO
As crianças de hoje em dia não estão vivenciando com tanta freqüência as brincadeiras tradicionais, tendo em vista que estas praticamente sumiram do cotidiano infantil com o passar dos anos. Não muito tempo atrás as crianças brincavam nas ruas calmas, nos quintais de suas casas, com os amigos e outras crianças, e eram com as brincadeiras tradicionais que ocupavam o seu tempo e espaço. Em virtude da urbanização e desenvolvimento das cidades, do excesso de automóvel nas ruas, e o aumento descontrolado da violência, as crianças não tem mais espaço para desenvolver suas brincadeiras, sendo que o brincar tem sido algo que acontece somente em lugares restritos. Para Marcelino (1991), o brincar possibilita à criança a vivência de sua faixa etária, contribui de modo significativo para sua formação como ser realmente humano, participante da cultura da sociedade em que vive e não apenas como “reprodutor social”. Devemos considerar que o brincar preenche as necessidades, que mudam de acordo com a idade, com a falta de espaço, as crianças passam muito tempo assistindo televisão, jogando videogames ou em frente ao computador, deixando assim de participar das brincadeiras tradicionais que um dia seus pais, tios e avós tiveram a oportunidade de brincar, deixando de conhecer parte de sua cultura. Kishimoto (1999), a brincadeira tradicional tem a função de perpetuar a cultura infantil e desenvolver formas de convivência social e permitir o prazer de brincar, permitindo a presença do lúdico. Como perpetuar essa cultura infantil, se essas brincadeiras estão sendo pouco vivenciadas, e muitas crianças nem sequer conhecem essas brincadeiras? Freire (1997), afirma que a cultura infantil constitui um elemento de indispensável valor para a sobrevivência da própria cultura. Se as crianças não tiverem contato no seu