Breve análise de Senhorita Júlia
1400 palavras
6 páginas
Análise do texto Senhorita Júlia Primeiro e único Ato A peca se inicia na noite de São Joao, na Suécia são conhecidas como Midsommarafton, comemora-se o solstício de verão. Durante a festa as pessoas cantam, dançam em círculo, vestem-se de indumentária rural de época, as mulheres confeccionam suas próprias coroas de flores para as cabeças, erguem um mastro para celebrar a fertilidade, o mastro de maio também em homenagem a antigos deuses vikings da mitologia nórdica. Jean o criado da mansão entra na grande cozinha com bela vista para o jardim confidenciando com a colega de trabalho Kristin o quanto senhorita Júlia esta louca esta noite, saltitante, empolgada, rodopiando com todos os empregados sem escrúpulos, sem se importar ou sem saber o que dizem sobre ela pelas costas. Para Kristin trata-se apenas de uma válvula de escape para esquecer o noivado desfeito a pouco tempo, com um homem não tão rico quanto ela, mas muito bom e respeitável enquanto pessoa. Passam o tempo nos apresentando Júlia através de suas opiniões, gerando no leitor a expectativa de conhecê-la. Aparentemente parece ser uma mulher mimada e preconceituosa por querer “adestrar” seu ex noivo como se adestra um cão ou um de seus cavalos, e por não aceitar que sua cadela se envolva com um vira-lata. Mas ao mesmo tempo ela comemora uma data importante na festa de seus subordinados participando dela empolgadamente, lembrando que a Suécia é um país extremamente frio o ano todo, muitas vezes o próprio verão possui apenas poucos dias de sol e calor, mas a grama fica verde e as árvores florescem, é quando as pessoas saem dos estabelecimentos fechados para as ruas, é um motivo de grande alegria sem distinção de classes, porém Júlia está lá sozinha, sem nenhuma amiga, nenhum parente, nesse detalhe o texto aponta também a solidão da protagonista. Júlia entra esbaforida na cozinha se queixando de ter sido abandonada