Breve análise de "Existencialismo é um humanismo"
ESPECIALIZAÇÃO EM ESTÉTICAS CONTEMPORÂNEAS
FILOSOFIA E LITERATURA: O EXISTENCIALISMO SARTRIANO EM
“EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO” E “A NÁUSEA”
Professora: Saly Wellausen
Josué Lins Camargo
7140187-3 (TIA)
São Paulo
2014
Questões relacionadas às obras “Existencialismo é um humanismo” e “A náusea”
1) O ser humano define-se por sua completa liberdade de escolha. Através do engajamento com suas próprias opções, se faz para si alterando o nada existente inicial, isso é, ele mesmo.
Toda escolha é um compromisso do homem consigo e com os outros; em outras palavras, elege simultaneamente a si mesmo e a humanidade inteira. Só aqueles que são conscientes disso percebem sua total e profunda responsabilidade.
A escolha não tem valor antes de ser feita, portanto torna-se valor se, e somente se, acontecer. Esse valor é ético. Posto de outra forma, pode-se afirmar que o caminho escolhido não tem nenhum valor a não ser o de ter sido escolhido.
Não há bem a priori. O existencialismo parte do pressuposto da inexistência divina e, consequentemente, da completa permissividade da escolha humana e de seu total desamparo por não haver nada a que apegar-se, interna e externamente, para pautá-la.
Também não crê em sinais para orientá-lo, pois o homem é quem os decifra como bem entende. Em suma, não há instinto, Deus, conselheiros, autoridades religiosas, enfim, nada nem ninguém a quem recorrer. A moral se estrutura sobre o entendimento de que o
“eu” só é possível por causa do “outro”; o outro é indispensável à existência do indivíduo e ao conhecimento que esse indivíduo tem de si.
O existencialista tem o privilégio de contar com o desamparo, angústia e desespero para estruturar-se livre das ardilosas amarras sociais e religiosas por meio da própria escolha.
Não há qualquer possibilidade de encontrar valores num céu inteligível, não existem justificativas ou desculpas para suas ações.
2) Considerando que a