BRESCIANI, Maria Stella; “Cidade e História”.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS – CECH
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
GEOGRAFIA URBANA

PROF. ANTONIO CARLOS CAMPOS

FELIPE DA FONSECA SOUZA

I-BIBLIOGRAFIA
BRESCIANI, Maria Stella; “Cidade e História”. In OLIVEIRA, Lúcia Lippi, org. Cidade: História e Desafios / Rio de Janeiro: FGV. 2002 pp. 16 a 35.

II- Resumo De inicio de conversa, a autora cita outros autores e suas respectivas obras mostrando diferentes visões do estudo das cidades, e que nenhuma leitura das cidades pode ser definitiva ou ingênua. Propondo assim que o campo do saber urbanista trata da interdisciplinaridade, a depender da forma de analisar as cidades. Segundo a autora ao se tomar o urbanismo como objeto de estudo em sua configuração acabada, pode-se incorrer no anacronismo de tentar localizar o significado de uma ausência; ou de se ir em busca de uma origem determinante, ou de se resvalar para a positivação ou naturalização da questão urbana, acompanhando sua evolução, ou seja mostrando o a questão urbana se estrutura no debate político, e todos os conflitos em prol de sua formação. No verbete de Enciclopédie ou Dictionaire Raisonné des Sciences et des Métiers (1751-1752:447-445;1778) as cidades são descritas como um conjunto de várias casas dispostas em ruas e cercadas por uma cinta comum, compostas em geral por muros e fossas. Assim há os que renunciaram a essas ficções projetando suas sociedades ideais no futuro, a partir da noção de progresso, no entanto sempre colocam a cidade de maneira isolada, mais tarde outros autores citam a cidade como um fenômeno natural. Levando em consideração as numerosas projeções de cidades ideais do século XIX, os planos tinham uma visão mais relacionada aos problemas sociais, ligados ao trabalho, industrialização, relações sociais, somente no inicio do século XX que as configurações completaram com a formação do urbanismo, a ciência das cidades. A autora considera insuficiente tomar a industrialização