Brasil
Essa música, que faz parte do rock nacional dos anos 80, tem seu auge paralelamente com a campanha das diretas-já, que em 1985 mobilizou todo o país, com o plano Cruzado e seu acaso na era Collor e também com as eleições indiretas para presidente em 1985 que elegeu Tancredo Neves para a presidência da república, este faleceu antes de tomar posse por motivos de doenças estomacais, deixando a presidência para seu vice José Sarney.
O rock oitentista e especialmente essa música, andou lado a lado com as esperanças de transformação do país com a abertura democrática e permitiu também desenvolver uma temática mais vinculada a questões sociais buscando “mostrar a cara do Brasil”. Anos se passaram e essa canção continua extremamente atual. O eu lírico dessa música pode ser um menor abandonado ou uma pária dessa sociedade injusta. Para conseguir o que quer, usa a violência como sugere nos versos “meu cartão de credito/ é uma navalha”.
A expressão “festa pobre” sugere um desdém a esse estado de coisas. O fato de ele ficar na porta reflete a sua exclusão social. A televisão colabora para que as pessoas não se rebelem contra o que está acontecendo, transformando-as em robôs.
O trecho “não me sortearam a garota do fantástico/ não me subornaram” nos faz refletir um pouco mais sobre a corrupção que assola o Brasil desde os velhos tempos. No trecho “ grande pátria desimportante/ em nenhum estante eu vou te trair” passa um sentimento de desilusão devido ao caos que se encontrava o Brasil entretanto, mostra-se resistente e disposto a lutar por mudanças. Portanto, a música faz uma análise crítica e associa imagens narrativas de uma voz excluída remetendo o nosso olhar em direção ao país que